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Depois da invasão e depredação feita pelos estudantes ontem, reunião foi tranquila na manhã de hoje

        Sob proteção de policiais federais e de guardas da segurança da própria UFPA, o Conselho Superior Universitário (Consun) pode ocorrer normalmente na manhã de hoje (6), mantendo em discussão a pauta prevista para ontem: a esturtura organizativa da institiução, com a proposta de se extinguirem os departamentos e serem criadas as unidades acadêmicas.
       No final da manhã, policiais federais fizeram a perícias das salas do gabinete da Reitoria, invadida e depredada na tarde de ontem por estudantes. Também foi feito levantamento de informações e tudo irá compor os documentos necessários a abertura de inquérito.

       O tumulto de ontem - Centenas de estudantes invadiram e depredaram o gabinete da Reitoria da Universidade Federal do Pará na tarde do dia 5, impedindo a reunião do Conselho Superior Universitário (Consun), que aconteceria às 15h, para discutir a reforma do Estatuto da instituição. De acordo com os estudantes,  o protesto, iniciado às 13h, é contra a provável instituição de taxas de cobrança nos cursos de especialização da UFPA pelo conselho.
       O reitor, Alex Fiúza de Mello, disse que esta discussão sequer fazia parte da pauta da reunião de hoje. O reitor se comprometeu em garantir a presença dos estudantes na reunião quando a discussão sobre o Estatuto chegar a essa questão, mesmo que eles ainda estejam sem representação oficial. O reitor afirmou que não há nada contra alunos participarem das reuniões de conselho, desde que se permita ao conselheiros, legítimos representantes das categorias, o direito de deliberar as questões.
       As discussões sobe o novo estatuto da instituição, iniciadas no ano passado, foram retomadas este ano. Os discentes estão sem representação no Consun, pois a eleição do Diretório Central dos Estudantes (DCE) está sub judice. A situação vem causando seguidos protestos e invasões das reuniões do conselho, impedindo o prosseguimento das discussões sobre a estrutura organizativa da instituição, esta sim, pauta das reuniões sobre o Estatuto.
       O reitor pediu aos estudantes que respeitassem o direito de ir e vir dos conselheiros, mas não foi atendido. Os estudantes impediam a entrada dos conselheiros na Secretaria Geral, local da reunião. A chegada do representante do Ministério Público Federal chamado pela Reitoria não acalmou os ânimos. O procurador federal Bruno Magalhães foi cercado pelos estudantes com denúncias de interferência da Reitoria na eleição do DCE, o que foi negado pelo reitor.
       Diante do impasse, o reitor decidiu se reunir com os conselheiros e o procurador em seu gabinete. Os estudantes entenderam o encontro como a realização do Conselho Universitário e invadiram o gabinete. O procurador Bruno Magalhaes tentou conversar com os estudantes, que fizeram uma série de reinvicações, dentre elas a realização de uma Assembléia Constituinte para discutir o Estatuto. Às 17h, com a saída do reitor e de alguns conselheiros, os estudantes decidiram desocupar as salas do gabinete. Apesar do tumulto, Alex Fiúza de Mello decidiu manter a realização da reunião do Consun, que já estava prevista para acontecer nesta sexta-feira, às 9h.

Publicado em: 05.05.2005 16:46