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UFPA é parceira do projeto “Praia Limpa”

Mortandade de peixes, poluição dos mangues, assoreamento de rios, prejuízo às condições de balneabilidade de praias. Esses são só alguns dos problemas que podem ser causados pelo lixo que os turistas deixam, em um final de semana durante o verão, nos balneários visitados. Latinhas, sacolas, papéis, cascas de coco e garrafas Pet estão entre os principais resíduos encontrados na areia depois que a multidão se dispersa. A questão é que cada um desses produtos pode demorar meses, anos e até séculos para se decompor. Evitar que as praias do interior do Estado, no mês de julho, se tornem “lixões” a céu aberto é o objetivo do projeto “Praia Limpa”, iniciativa da Advocacia Geral da União (AGU), que conta com a parceria da Faculdade de Oceanografia da Universidade Federal do Pará.   


 
O projeto prevê uma ação educativa que vai levar preservação às praias de Salinas e de Bragança, por meio da Força Tarefa de Proteção à Zona Costeira Paraense, que reúne 27 instituições públicas federais, estaduais e municipais, como a UFPA, o Museu Emílio Goeldi e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). A ideia é realizar um “arrastão ecológico” para despertar a consciência ambiental dos veranistas paraenses, fazendo-os atentar para os problemas que podem ser causados pelo acúmulo de lixo nas praias. Haverá distribuição de folders e de material informativo sobre a melhor maneira de manusear o lixo e de evitar a poluição, incluindo a sonora e a visual, além de outras orientações sobre cuidados com linhas de pipas, afogamento e alimentação saudável. 

 

Inicialmente, a ação ocorrerá na praia do Atalaia, em Salinópolis, de 17 a 19 deste mês, e contará com ajuda de cerca de 20 alunos do curso de Oceanografia do Campus de Belém, da UFPA. Em seguida, a equipe atuará na praia de Ajuruteua, em Bragança, no período de 24 a 26 de julho, e terá o auxílio de cerca de 10 alunos do curso de Engenharia de Pesca do Campus de Bragança, da UFPA. De acordo com o professor João Batista Ribeiro, diretor adjunto do Instituto de Geociências, a participação da UFPA no projeto “Praia Limpa” caracteriza-se como prática de extensão universitária. “É uma forma da Universidade se aproximar da população e suscitar a produção de conhecimento e de medidas educativas que visam ao bem-estar de toda uma coletividade”, explicou.

 

Em Salinas, o curso de Oceanografia terá, ainda, um estande montado na praia do Atalaia, com o objetivo de apresentar temáticas a respeito da destinação final do lixo. Serão abordados  assuntos, como o lixo biodegradável, decomposto por micro-organismos rapidamente (como os restos de comida, que não apresentam grandes riscos à natureza), diferenciando-o daquele tipo de lixo que demora anos para se decompor, como o plástico (que leva 200 anos para se decompor) ou o metal das latinhas de bebidas (que leva até 450 anos), podendo ser conduzido pelas correntes marítimas e consumido por peixes e tartarugas.

 

A orientação geral será a de que tanto o veranista quanto os vendedores desses produtos levem às praias uma sacola para recolher o lixo que produzem e descartá-lo da maneira mais adequada e de forma menos agressiva ao meio ambiente.

 


Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA

Foto: Arquivo Prodepa

Publicado em: 14.07.2009 15:28