Preservação histórica de Belém e Coimbra é tema de pesquisa da UFPA
O que pode haver em comum entre a preservação de lugares históricos de Belém, no Pará, e de Coimbra, em Portugal? O que os moradores de tais cidades pensam das restaurações realizadas em nome da preservação do patrimônio? O trabalho “Percepções comparadas sobre a preservação das cidades de Belém e Coimbra”, da professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Pará (UFPA), Cybelle Miranda, levanta e instiga novas reflexões sobre o assunto.
Apresentado no dia 21 de julho deste ano, na Universidade de Coimbra, o estudo nasceu a partir de uma bolsa de pesquisa oferecida pelo Centro de Estudos Sociais (CES) dessa universidade. “E como eu vi que um dos núcleos do CES já estava desenvolvendo pesquisas comparativas sobre preservação de patrimônio com outras cidades do Brasil, eu achei que seria ideal fazer esse comparativo entre Coimbra e Belém”, relata a professora.
Feliz Lusitânia e Almedina, respectivamente, são as áreas de Belém e de Coimbra escolhidas para serem analisadas. Ambos são lugares antigos que, hoje, passam por modificações em nome da preservação histórica. Porém, apesar de culturalmente semelhantes devido à presença portuguesa, as diferenças são evidentes. O próprio caráter das políticas de preservação é diferenciado. Enquanto na cidade brasileira as intervenções são feitas essencialmente em espaços públicos; no espaço de Almedina, a própria moradia das pessoas é o alvo de alguns projetos.
As percepções sobre preservação, portanto, também se mostraram divergentes. Segundo a pesquisadora, “as opiniões, aqui, eram muito mais positivas. As pessoas viam muito mais com bons olhos a Feliz Lusitânia do que, talvez, as pessoas de lá estejam vendo a Almedina”. Um exemplo são as falas de alguns estudantes moradores da cidade portuguesa. Eles questionam para que serviria a preservação proposta: se apenas às empresas de turismo ou também aos habitantes do local.
A professora Cybelle Miranda destaca que ” o essencial para as instituições que trabalham com a preservação histórica é compreender os vários modos de vida presentes nos locais”. Desta maneira, o bem-estar dos moradores e da história pode ser garantido e conciliado, sem sobrepor valores e interesses.
Serviço:
Pesquisa “Percepções comparadas sobre a preservação das cidades de Belém e Coimbra”-
Profª. Drª Cybelle Miranda.
Mais informações:
cybelle@ufpa.br
Texto: Abílio Dantas- Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Manoel Neto
Apresentado no dia 21 de julho deste ano, na Universidade de Coimbra, o estudo nasceu a partir de uma bolsa de pesquisa oferecida pelo Centro de Estudos Sociais (CES) dessa universidade. “E como eu vi que um dos núcleos do CES já estava desenvolvendo pesquisas comparativas sobre preservação de patrimônio com outras cidades do Brasil, eu achei que seria ideal fazer esse comparativo entre Coimbra e Belém”, relata a professora.
Feliz Lusitânia e Almedina, respectivamente, são as áreas de Belém e de Coimbra escolhidas para serem analisadas. Ambos são lugares antigos que, hoje, passam por modificações em nome da preservação histórica. Porém, apesar de culturalmente semelhantes devido à presença portuguesa, as diferenças são evidentes. O próprio caráter das políticas de preservação é diferenciado. Enquanto na cidade brasileira as intervenções são feitas essencialmente em espaços públicos; no espaço de Almedina, a própria moradia das pessoas é o alvo de alguns projetos.
As percepções sobre preservação, portanto, também se mostraram divergentes. Segundo a pesquisadora, “as opiniões, aqui, eram muito mais positivas. As pessoas viam muito mais com bons olhos a Feliz Lusitânia do que, talvez, as pessoas de lá estejam vendo a Almedina”. Um exemplo são as falas de alguns estudantes moradores da cidade portuguesa. Eles questionam para que serviria a preservação proposta: se apenas às empresas de turismo ou também aos habitantes do local.
A professora Cybelle Miranda destaca que ” o essencial para as instituições que trabalham com a preservação histórica é compreender os vários modos de vida presentes nos locais”. Desta maneira, o bem-estar dos moradores e da história pode ser garantido e conciliado, sem sobrepor valores e interesses.
Serviço:
Pesquisa “Percepções comparadas sobre a preservação das cidades de Belém e Coimbra”-
Profª. Drª Cybelle Miranda.
Mais informações:
cybelle@ufpa.br
Texto: Abílio Dantas- Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Manoel Neto
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