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UFPA terá Pós-Graduação em Antropologia

A Amazônia é a região do planeta onde se encontra a maior riqueza em biodiversidade e sociodiversidade. Representa uma das últimas fronteiras para o desenvolvimento, que tem ocorrido, de modo geral, por meio de ocupação econômica desordenada, causando a devastação acelerada de ambientes naturais da região. Apenas uma pequena fração da diversidade biológica e cultural existente na Amazônia tem sido investigada do ponto de vista científico. Nesse contexto é que a UFPA criou o seu primeiro Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) contemplando os campos da Antropologia Social, Arqueologia e Bioantropologia.


O projeto já está aprovado pela CAPES, pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e pela Comissão de Pós-Graduação da UFPA. De acordo com a secretária geral da Associação Brasileira de Antropologia, professora Jane Beltrão, o PPGA nasce na Amazônia com o objetivo de criar o debate acerca da interdisciplinaridade em Antropologia, refletindo sobre a teoria e a prática antropológica e concebendo maneiras de diminuir as fronteiras entre as diversas subdisciplinas da Antropologia na pesquisa, ensino e extensão, dentro e fora da Universidade.


“Dada a complexidade das solicitações e a importância da formação interdisciplinar e interprofissional requerida de forma urgente na Amazônia, não é mais possível ignorar a sociodiversidade regional, ela exige tratamento diferenciado. No Pará, convive-se com 60 povos indígenas, 340 comunidades quilombolas e cerca de 2000 assentamentos, inúmeros povoados ribeirinhos, entre tantos outros grupos vulnerabilizados. Grupos que estão à espera de serem compreendidos”, observa Jane Beltrão. Poderão concorrer ao Edital do PPGA profissionais portadores de título de graduação e portadores do título de Mestre em Ciências Humanas e áreas afins.


A meta é formar pessoas capazes de responder aos desafios de conhecer a Amazônia compreendendo a diversidade cultural e socioambiental, além de criar fórmulas de resguardo do imenso patrimônio e dos conhecimentos tradicionais que se possui na região. “Muitos são os territórios invadidos, os sítios arqueológicos destruídos à espera, não apenas de ação política, mas também de ação acadêmica que juntas ofereçam alternativas e condições de formação na área, inclusive, de pessoas oriundas dos grupos aqui referidos”, observa a antropóloga.


A previsão é de que as primeiras turmas de mestrado e doutorado na área comecem as atividades em agosto de 2010, após a aprovação do programa pelo Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão da UFPA (CONSEPE). Para conhecer melhor cada um dos campos de atuação da antropologia que será contemplado pelo PPGA, clique aqui.

 

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA

Publicado em: 05.11.2009 17:00