A Universidade Federal do Pará é a única do Brasil a ter, dentro de seu território, na capital Belém, dois quilômetros de orla aberta para o rio Guamá, além de leitos de igarapés que circundam o espaço. Aproximadamente, um quilômetro dessa extensão é urbanizado, porém, por ação da natureza, de uns 20 anos para cá, a área sofre uma erosão acentuada. Um projeto da Prefeitura da UFPA, com a participação de pesquisadores da própria Universidade, nas áreas de engenharia, geociências e hidrologia, visa conter esse processo erosivo e revitalizar os espaços da orla já prejudicados. 

Dentre as soluções apresentadas pelos projetistas, a proposta eleita pela comissão da Instituição de acompanhamento e fiscalização da elaboração do Projeto “Contenção da Orla” deve adotar a construção de espigões a cada 50 metros da orla, mantendo as contenções da configuração original. Após a conclusão do projeto executivo, iniciarão os procedimentos necessários à licitação para a contratação da empresa que deverá executar a obra, com prazo previsto para entrega em 15 meses a partir da publicação do resultado do processo licitatório no Diário Oficial da União.

Paralelo a isso, estão sendo efetuadas as negociações com o Ministério da Educação (MEC), no que consiste na previsão orçamentária. A estimativa do que será necessário chega à quantia de R$ 34 milhões.

Outra frente de ação do mesmo Projeto se refere à manutenção dos espaços urbanizados na extensão da orla, que prevê a sinalização vertical e horizontal com informações educativas aos usuários desta Universidade. A ideia é estimular a correta utilização dos espaços evitando acidentes. A UFPA já está realizando licitação para a contratação de empresa responsável por esses serviços. A intenção é iniciar os serviços na segunda quinzena de julho.

Tratamento de água e esgoto - Também está em andamento, na UFPA, o projeto que prevê o tratamento de esgoto na Universidade. A proposta está sendo analisada por professores do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, do Instituto de Tecnologia, e, logo, deve entrar em fase de licitação. O projeto prevê a construção de estações elevatórias para bombear o esgoto da Cidade Universitária Prof. José da Silveira Netto e redirecioná-lo a uma estação de tratamento. Dessa forma, os resíduos resultantes do processo não oferecerão riscos ao meio ambiente. “Hoje, o tratamento de esgoto, na UFPA, é feito por meio de fossas e filtros”, explica o Prefeito Alemar Rodrigues. O projeto também está em etapa de negociação orçamentária, sendo que já se encontra disponível em torno de R$5,5 milhões.

Ainda haverá a Modernização do Sistema de Tratamento de Água, que se encontra em estudo por professores do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental do Instituto de Tecnologia. Este projeto visa à automação do sistema para melhor controle e manutenção.

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA

Foto: Karol Khaled

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