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Universidades debatem ciência e pós-graduação na Amazônia

Representantes da Academia Brasileira de Ciências (ABC) estão produzindo um documento com propostas para o desenvolvimento da região amazônica a partir do encontro regional realizado na UFPA, nos dias 17 e 19 de junho. Os debates centram-se nos temas da formação, atração e fixação de recursos humanos na região e sobre os gargalos e desafios da pesquisa e inovação aplicadas às empresas.

 

Para o professor da UFPA Roberto Dall’agnol, integrante da ABC, “precisamos de ideias novas para encaminhar soluções para a pós-graduação, porque é uma questão relacionada com o desenvolvimento regional. Tivemos um crescimento acentuado e significativo nos últimos anos e também o surgimento de novos cursos de mestrado e doutorado, mas nossos percentuais nestes setores ainda são baixos em relação aos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) ou populacional do Estado do Pará em relação ao País”. A Amazônia possui 4% dos programas de pós-graduação; 2,9% dos cursos de doutorado; 2,9% dos mestrados profissionalizantes e 4,1% dos mestrados acadêmicos existentes no Brasil.

 

Outro tema apresentado no primeiro dia foi a concentração dos programas no Estado do Pará e em áreas metropolitanas. “Precisamos encontrar estratégias de distribuir, de forma mais homogênea, estes cursos de pós-graduação. Hoje, a UFPA possui mais da metade dos cursos existentes na região. A maioria deles, sediados em Belém. Precisamos não transferir, mas ampliar o número ou o alcance desses programas para outros estados e cidades estabelecendo taxas de expansão ideais, necessárias e possíveis de serem alcançadas”, também defendeu Roberto Dall’agnol.    
 


O vice-reitor da UFPA, professor Horácio Schneider, também integrante da Academia Brasileira de Ciências, introduziu a discussão sobre como incentivar a atração e a fixação de doutores na Amazônia. “Apesar dos esforços dos últimos anos, não atingiremos nossas metas quantitativas de doutores, ou seja, não alcançaremos o número de doutores que a região precisa apenas com nossa capacidade de formação de pensadores em nível de pós-graduação. Precisamos, então, criar subsídios para atrair e fixar doutores oriundos de outras regiões do País. A discussão que se tem na ACB é como fazer isso tendo em vista que o aumento do número de recursos humanos com qualificação de doutorado é um importante passo para a promoção da revolução científica e tecnológica de que a Amazônia precisa para impulsionar seu desenvolvimento sustentável”.

 

Horácio Schneider explica que a Academia Brasileira de Ciências produziu um documento intitulado “Amazônia: Desafio brasileiro no século XXI” e organizou vários encontros regionais sobre a temática. Nos dias 17 de 18 de junho, em um destes eventos, representantes de universidades públicas de todo o país que pesquisam na e sobre a Amazônia se reuniram na UFPA para debater o tema. Eles compartilharam experiências e discutiram medidas que serão reunidas em um novo documento a ser apresentado a toda a comunidade acadêmica, ao poder público e à sociedade em geral para subsidiar reflexões e iniciativas sobre ciência e tecnologia para o desenvolvimento da Amazônia.

 

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA (PROPESP) já mantém o Programa Institucional de Apoio à Contratação de Doutores (PIAD) e o Programa de Apoio ao Recém Doutor (PARD). O  primeiro é uma iniciativa que disponibiliza às unidades acadêmicas da Instituição quinze mil reais e Bolsas de Iniciação Científica por cada professor doutor contratado. O segundo Programa disponibiliza aos docentes recém-titulados em doutorado Bolsas de Iniciação Científica para alunos de graduação e Bolsas para Apoio à Realização de Atividades de Pesquisa.


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Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA

Publicado em: 22.06.2010 16:40