Projeto Carimbó.Net valoriza o ritmo paraense por meio da inclusão
“Olêlê, olálá. Misturei carimbó e siriá. Carimbó, sirimbó é gostoso. É gostoso em Belém do Pará...”. Qual o paraense que nunca arrastou pé ao som de “Sinhá Pureza”, de Pinduca, ou de tantas outras músicas como as do Mestre Verequete ou Mestre Lucindo, representantes máximos desse ritmo tão da terra que é o carimbó? No Pará, é fácil ouvir nas esquinas da cidade ou pelos centros culturais espalhados no interior do Estado, essa batida contagiante. Porém, o ritmo ainda é pouco conhecido para além das fronteiras amazônicas.
Com o objetivo de valorizar a cultura local e fomentar a divulgação dos ritmos paraenses por meio da Internet e das novas ferramentas possibilitadas pela tecnologia digital, o projeto de extensão da Universidade Federal do Pará Carimbó.Net, visa desenvolver o cenário da música popular e incentivar a produção musical de grupos folclóricos da região. O projeto é coordenado pela produtora cultural da UFPA, Luciane Bessa, e desenvolvido em parceria com o Espaço Cultural Coisas de Negro, de Icoaraci.
O Carimbó.Net surgiu em 2009, quando a Fundação de Amparo a Pesquisa lançou o edital de Ações Colaborativas para a Cidadania Digital, ao qual deveriam ser submetidas propostas de utilização para os infocentros do Programa NavegaPará, de inclusão digital. O Coisas de Negro decidiu aproveitar a oportunidade com o objetivo de também se apropriar das novas tecnologias na divulgação do carimbó. Em 2010, a UFPA adotou o projeto por meio do edital Navega Saberes, na expectativa de conferir-lhe um viés mais acadêmico.
O projeto prevê a compra de equipamentos especialmente para a gravação de CDs e a promoção de oficinas que capacitam as pessoas a atuarem no campo musical. Esse ano, já foram ministradas oficinas de gravação de CD com software livre, distribuição de músicas pela Internet, criação de layout de CDs, encartes e folders... Tudo ao redor da produção musical. Há ainda a proposta de mapear as manifestações de grupos de carimbó em Icoaraci e, a partir desses resultados, transformar o Carimbó.Net em uma biblioteca virtual multimídia, onde deverão ser disponibilizadas as músicas dos grupos mapeados, as partituras e informações sobre o ritmo e as suas manifestações no Pará, como vídeos e fotografias.
Para o segundo semestre, estão previstas oficinas de elaboração de projetos culturais, software livre para arte gráfica, confecção de embalagem de CD orgânica, percussão, construção de blogs e webdesigners. Os espaços disponibilizados para as oficinas são os da UFPA e do espaço Coisas de Negro, em Icoaraci. Para participar do projeto, basta acessar o blog www.coisasdenegro.blogspot.com e fazer o download da ficha de inscrição. Após o preenchimento, a ficha deve ser enviada por e-mail, de modo que o processo é feito todo online.
Acompanhe mais informações sobre o projeto de extensão Carimbó.Net nas próximas edições do jornal Beira do Rio.
Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Divulgação Google
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