Seminário debate inclusão racial na universidade
Promover a discussão da inclusão racial entre os professores e aumentar o número de docentes negros e indígenas nas universidades. Estas são as metas do trabalho desenvolvido pelo professor José Jorge de Carvalho, do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB). Carvalho foi um dos debatedores do seminário internacional Ações Afirmativas nas Políticas Educacionais: o Contexto Pós-Durban, nesta quarta-feira, 21. O evento acontece no Senado Federal, em Brasília.
“O sistema de cotas deve equacionar a pós-graduação para formar pesquisadores e professores universitários. Não deve se preocupar só em formar para o mercado de trabalho. Há 70 anos existe uma desigualdade no coletivo de professores, com um predomínio de brancos”, afirmou Carvalho.
Jaime Arocha, diretor do Grupo de Estudos Afro-colombianos do Centro de Estudos Sociais da Universidade Nacional de Colômbia, contou a experiência de seu país no combate ao racismo. Foram criadas ações de valorização dos patrimônios culturais dos afrodescendentes e indígenas, como a confecção de Atlas etnográfico da cultura afro-colombiana, e foi feita campanha televisiva para o Censo 2005, com negros afirmando a sua etnia.
Segundo Valter Silvério, professor de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), “o seminário traduz uma necessidade de avaliar o que aconteceu no Brasil e nos outros países signatários da declaração de Durban após quatro anos. Todos têm população étnica multirracial e enfrentam problemas de discriminação racial”, contou.
Secretaria – Após o congresso em Durban (África do Sul), em 2001, o governo federal criou a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), destinada a formular políticas educacionais específicas.
Também, participaram da discussão desta terça-feira, que teve como tema a Racialização e valorização da diversidade étnico–racial, Hélio Santos, professor de Administração da Universidade de São Marcos (SP) e da Fundação Visconde de Cairu (BA); e Digna Castañeda Fuertes, que ensina História do Caribe e de Cuba na Universidade de Havana. O seminário reúne especialistas brasileiros, colombianos, cubanos, venezuelanos, uruguaios e norte-americanos e segue até a próxima quinta-feira, 22.
(Portal MEC)
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