Especialização pioneira em Soure terá aula inaugural
Tendo em vista que o papel de instituições públicas educacionais é promover a capacitação de pessoas em prol do desenvolvimento humano, o Campus de Soure da Universidade Federal do Pará (UFPA) criou, em 2010, o curso de Especialização intitulado Estudos da Linguagem aplicados à Educação de Surdos. As atividades começarão somente no mês de fevereiro, mas nesta sexta-feira, 14, será realizada a aula inaugural para a primeira turma. O evento terá orientação acadêmica, apresentação das atividades curriculares e uma mesa-redonda sobre este tipo de política inclusiva.
Os 82 candidatos inscritos no processo seletivo passaram por uma avaliação, entre os dias 17 e 22 de dezembro de 2010, composta por três etapas. Foram feitas a análise curricular, a carta de interesse em participar do curso e a entrevista. Dos inscritos, 50 foram selecionados. A Especialização é pioneira por conter um corpo docente que, em sua maioria, pertence exclusivamente ao Campus.
Apesar de destinado aos profissionais da área de Educação, o curso tem caráter multidisciplinar. “Ele é voltado para uma formação teórico-metodológica que possibilite aos alunos uma maior compreensão do desenvolvimento sociocognitivo e linguístico de pessoas surdas, sob a abordagem de várias ciências, como Antropologia, Linguística, Psicologia, Educação , Arte, entre outras”, é o que afirma Waldemar Cardoso Junior, professor e coordenador do curso. Por isso, a Especialização atraiu profissionais de Psicologia, Biblioteconomia e Serviço Social, bem como os profissionais que já atuam na área, como diretores, professores e pedagogos.
Missão - O curso tem como objetivo promover a capacitação voltada para a inclusão educacional dos deficientes auditivos, por isso tem a finalidade de promover a habilitação dos alunos sobre os conhecimentos da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), “mas não é só isso”, declara o coordenador. “A especialização também tem a intenção de desenvolver estratégias de ensino-aprendizagem da língua portuguesa como segunda língua para alunos surdos e aspectos peculiares no processo de escolarização de pessoas surdas, para uma inclusão socioeducacional”, diz ele.
Por haver um conjunto de ciências que possibilitem uma formação completa na área, o curso atraiu pessoas de outros municípios do Estado. Alunos de Belém, Salvaterra, Breves e Cachoeira do Arari farão parte da primeira turma. “Tivemos até interessados do Maranhão, perguntando se o curso também era ofertado em período intensivo”, ressalta Waldemar Cardoso Júnior, que garante: este tipo de modalidade é um dos projetos que estão sendo estudados.
Segundo o professor, o Campus de Soure tem uma história de políticas de inclusão. Desde 2006, promove eventos, como Fórum de Inclusão, Projeto Proint e Trabalhos de Conclusão de Curso, ações socioeducativas que vêm sendo desenvolvidas antes do surgimento da Especialização.
“O Campus Universitário de Soure recebe 50 profissionais para o processo de formação continuada em uma área tão carente de ações em nosso Estado”, reflete o professor. “Iniciamos as nossas ações com empenho e dedicação para promoção da cidadania, formação acadêmica e desenvolvimento social, com objetivo de formar especialistas que possam contribuir com o desenvolvimento humano dos surdos do Estado do Pará”, finaliza Waldemar Cardoso Junior.
Flávio Meireles – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Mácio Ferreira
Últimas Notícias
- Ensino de Libras é tema de dois eventos na UFPA
- Inscrições nova Especialização em Controle da Violência vão até o dia 30
- Lançado livro paradidático que aborda temas fundamentais para a Amazônia
- Parceria em campanha reforça Banco de Sangue do Barros Barreto
- Escola de Música da UFPA apresenta recital junino no São José Liberto
- Nova Diretoria do Núcleo de Meio Ambiente toma posse na UFPA
- UFPA vai pedir audiência sobre Pau D`Arco na Comissão Interamericana de DH
- Universidade apresenta software sobre regularização fundiária