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Governo encerra negociações com professor grevista

O MEC decidiu encerrar as negociações com os professores das universidades federais, que estão em greve há quase três meses. A pasta irá dar um reajuste médio de 11% aos docentes, que pedem 18% e mais equiparação dos rendimentos entre os os servidores aposentados e os da ativa.

A decisão foi tomada ontem pelo secretário-executivo-adjunto do ministério, Ronaldo Teixeira, após mais uma reunião que terminou sem acordo. Ele representa o MEC nas negociações.

Teixeira afirmou que vai se reunir hoje com o ministro Fernando Haddad (Educação) para definir a implementação da proposta. O próprio ministro já havia definido que a reunião de ontem era a última antes de uma mudança de postura do governo.

"Agora devemos definir por qual meio [se por projeto de lei, por exemplo] aplicaremos a nossa proposta", disse ontem à Folha o representante do MEC. "Estamos no nosso limite. A área econômica [do governo Lula] nos destinou R$ 500 milhões, não temos como ultrapassar isso."

Teixeira entende que, com o reajuste médio de 11%, a greve deverá se enfraquecer. Atualmente, as atividades estão prejudicadas em 38 das 61 instituições federais.
O MEC encontrou respaldo para colocar a sua proposta em prática por ter recebido apoio do Proifes (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior), que é uma das duas entidades que vêm negociando com o governo. A entidade conta com 12 mil associados.

Do outro lado, o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) rejeitou a proposta do MEC. A associação possui 72 mil filiados.
"Eles podem até impor a proposta, mas será um desgaste grande para o governo [Lula]", disse o vice-presidente do Andes, Paulo Marcos Borges Rizzo.

(Portal Andifes)

Publicado em: 11.11.2005 10:27