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Docentes encerram paralisação em seis universidades

    Aos poucos, a situação no ensino superior volta à normalidade. Docentes de mais três universidades federais que estavam em greve (Santa Catarina, Juiz de fora e Paraíba) decidiram retornar às aulas. No total, profissionais de seis universidades, mais o campus de Catalão da Federal de Goiás, já voltaram ao trabalho. A greve atingiu 39 instituições - 22 não aderiram.
 
  “A divulgação pelo Ministério da Educação do Projeto de Lei que reajusta os salários dos professores está sendo decisiva para sensibilizar a categoria”, avalia o secretário executivo adjunto Ronaldo Teixeira. Segundo ele, o PL, que deve ser votado em regime de urgência no Congresso Nacional, fez com que os docentes compreendessem a proposta. “O MEC sempre esteve na mesa de negociação buscando satisfazer as reivindicações da categoria”.
 
  Para Teixeira, a perspectiva é manter o ritmo de informações para os docentes. “Quanto mais informada a categoria estiver, mais condições ela terá de compreender a proposta e voltar às aulas”. Ele afirmou ainda que a reposição das aulas nas federais será feita em dezembro, janeiro e fevereiro. Além disso, os vestibulares estão mantidos e não haverá prejuízo para os novos alunos.

  Assembléias – As 32 instituições que ainda estão em greve realizam assembléias neste final de semana para tomar a decisão de voltar ou não às aulas. A greve começou no dia 30 de agosto e em alguns lugares já superou 100 dias. Todos os técnicos administrativos já retornaram ao trabalho.
 
  Docentes das universidades federais de Santa Catarina e Juiz de Fora decidiram terminar a greve na quinta-feira, 8. Em Santa Catarina, a votação foi de 202 votos pela volta ao trabalho, 26 contra e quatro abstenções. O indicativo de retorno é para dia 19 de dezembro, mas uma parte deve voltar ao trabalho na segunda-feira, 12. A Universidade Federal da Paraíba, que tinha aprovado o fim da greve na semana passada, reiterou sua posição em assembléia nesta sexta-feira, 9.
 
  Os professores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) decidiram na terça-feira, 6, suspender a paralisação, que durou 56 dias. As universidades federais do Ceará (UFC), de São Carlos (UFSCar) e o campus de Catalão também já retomaram as atividades.
 
   O Projeto de Lei do MEC, aprovado pelo Ministério do Planejamento, prevê investir R$ 650 milhões a mais na folha de pagamento dos docentes em 2006. O ministro Fernando Haddad salienta que todos os professores terão os salários reajustados acima da inflação, com média de 9,25%. E já a partir de janeiro.

  Pelo projeto, os professores com mestrado, doutorado ou especialização receberão aumento de 50% no valor pago por sua titulação. Haverá, também, uma nova categoria, a de professor associado, e a continuidade no processo de equiparação da Gratificação de Estímulo à Docência (GED) para ativos e aposentados. A previsão do ministro é equiparar a gratificação em 2006. “Aumentamos de 65 para 91 pontos em 2004, para 115 em 2005 e vamos trabalhar para equiparar em 140 no ano que vem”, disse.  (Repórter: Susan Faria/Portal MEC)

Publicado em: 09.12.2005 17:41