Curso mais antigo da UFPA se prepara para uma nova fase, com organização administrativa, curso de mestrado e serviços de qualidade
Aos 102 anos, o curso superior mais antigo do Pará, o de Farmácia, se prepara para mais um dos grandes saltos que marcam a sua longa história. Na quarta-feira passada, a Capes aprovou o projeto do curso de mestrado em Ciências Farmacêuticas. Os professores da graduação estão atuando na orientação de estudantes na farmácia-escola. Um convênio entre UFPA e Ministério da Saúde permitirá a implantação de uma farmácia popular dentro da farmácia-escola. O laboratório de análises clínicas vai adotar uma nova sistemática de controle de marcação de exames, para colocar fim às filas que se formam, todos os dias, à frente da faculdade.
De acordo com a chefe do departamento de Farmácia, Marly Melo, a Farmácia vive um momento único. Há seis meses no cargo, ela e Eliana Ozela, vice-diretora, se dedicam à organização administrativa da farmácia-escola, da famácia que funciona no Vadião e do laboratório de análises clínicas. A farmácia do Vadião passou a ser campo de estágio, com estudantes prestando atenção farmacêutica aos clientes, sob supervisão de uma professora. Atendendo solicitação dos clientes, a farmácia também está vendendo medicamentos das farmácias comuns, principalmente comprimidos.
A farmácia popular será um novo campo de estágio para os estudantes. Ela será instalada no prédio da farmácia-escola, na frente do hospital Bettina. Os medicamentos que serão colocados à venda são todos genéricos, produzidos pela Fiocruz. Para a sua instalação o departamento recebeu recursos da ordem de R$ 170 mil
As filas que se formam nas primeiras horas dos dias na frente do laboratório de análises clínicas estão com os dias contados. O departamento vai adotar um novo sistema de controle de marcação, com coleta realizada em seu interior, em local e condições mais adeqüadas, o mais próximo possível do atendimentros das clínicas particulares, o que inclui lanche para os usuários. Oitenta por cento da demanda do hospital Bettina Ferro de Souza vai para o laboratório da Farmácia. No Bettina será implantado um posto, para marcação, entrega de exames e orientação de pacientes. O laboratório vai instalar um programa, on line, que enviará o resultado dos exames diretamente para o hospital.
A direção do departamento de Farmácia está otimista, apesar do número de funcionários não ser o ideal. “Precisamos de, pelo menos, cinco farmacêuticos”, reivindica Marly Melo. O curso de Farmácia possui sete doutores, quatro doutorandos, quatro mestres e dois especialistas. Recentemente o departamento recebeu da UFPA R$ 100 mil para reforma das instalações elétricas do prédio que abriga a farmácia-escola. (Texto Walter Pinto)
Na foto, farmacêutica orienta cliente na farmácia do Vadião
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