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Comunidade Quilombola promove Feira do Peixe Vivo, no campus da UFPA

 

 Tambaqui regional, saudável e barato, criado em ambiente natural em lagos formados a partir da escavação de áreas de várzea , com o  sabor tão preservado quanto o do pescado em nossos rios. O produto vai estar a disposição do público na III Feira Quilombola do Peixe Vivo que acontece nesta quarta-feira,  12 de abril, no campus da  Universidade Federal do Pará (UFPA).

 Nessa terceira edição, serão oferecidas duas toneladas de tambaqui produzidas pela Comunidade Quilombola de Itacoã, dentro do projeto de piscicultura desenvolvido na Associação de Remanescentes de Quilombos “Filhos de Zumbi”, no Acará. O quilo do pescado vai ser comercializado a R$ 5, até R$ 3 mais barato que o preço do mercado.

 O evento é uma realização do Núcleo de Ação para o Desenvolvimento Sustentável (POEMA); UFPA e Governo do Pará, através do Programa Raízes e da Secretaria Executiva de Agricultura (Sagri).


Novidade – Em 2006, paralelo a Feira Quilombola do Peixe Vivo acontece a I Feira do Mel. 50 produtores de Tomé-Açu vão trazer para Belém 300 litros do produto, extraídos da floresta. Cada litro vai ser vendido a R$ 10.

 A extração do mel está melhorando a qualidade de vida dos agricultores do município do nordeste paraense. O projeto realizado pelo POEMA com financiamento da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) começou em 2003. No ano passado, a colheita chegou a seis toneladas do produto.

 “Por enquanto, a produção atende o mercado local. O consumo é feito em pouco tempo. O lucro é divido em partes iguais entre os produtores”, explicou Gilvandro Andrade, técnico em agropecuária contratado pelo projeto para dar assistência técnica e treinamento para os produtores.

 Acará -  O POEMA começou a atuar em Itacoã em 2002, com um trabalho de revitalização da piscicultura. “Capacitamos os produtores, transferindo tecnologia e garantindo a logística para a atividade. Mas a nossa preocupação não era só essa. Precisávamos garantir o mais importante: renda para esse produtor. Foi aí que surgiu a idéia da Feira, uma forma de comercializar e divulgar a produção de Itacoã”, explicou Ailton Lima, presidente do POEMA.

 A comunidade de Itacoã é apenas uma das 230 que existem em todo o Pará, 20 delas tiveram as terras tituladas pelo Governo do Estado e outras sete pelo Governo Federal. Em todas, são realizados cursos de qualificação nas mais diversas áreas. Desde 1999, a maioria deles é responsabilidade do POEMA.

 Comunidade - Em Itacoã, vivem 80 famílias, que além da piscicultura, produzem carvão e vendem frutas regionais. Elas também participam de oficinas de artesanato e dança que garantem renda. A área da comunidade é de 968,9932 hectares.

 A III Feira Quilombola do Peixe Vivo acontece no dia 12 de abril, no VADIÃO, da Universidade Federal do Pará (UFPA) das 7 às 13h. O quilo do produto será comercializado a R$ 5,00. A renda será revertida para a ampliação do projeto de cunho coletivo e sustentável. Durante o evento haverá apresentação do grupo ‘Capoeira de Angola e Dança Afro’, de Itacoã.

Texto: Bolsa Amazônia/Assessoria de Comunicação

 

 

 

 

Publicado em: 11.04.2006 11:17