Simpósio Dermatologia Tropical na programação da SBPC
As doenças infecciosas que se apresentam com lesões cutâneas e que
possuem uma concentração maior de casos nas áreas tropicais do planeta
são estudadas pela dermatologia tropical. Entre estas doenças estão a
hanseníase, a leishmaniose e as micoses profundas, que serão abordadas
durante a 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC), no simpósio coordenado pelo médico dermatologista e
professor da UFPA Claudio Guedes Salgado, com a participação da médica
dermatologista e professora da UFPA, Marília Brasil Xavier, juntamente
com o médico patologista pela USP Carlos Eduardo Pereira Corbett.
A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, possui uma história natural de evolução para incapacidade física e, por esta razão, carrega um estigma milenar que persiste até os dias de hoje. “Anualmente são diagnosticados quase 500 mil casos novos em todo o mundo, e o Brasil contribui com cerca de 10% deste número”, diz Salgado. Mais da metade dos casos brasileiros estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo que o Estado do Pará contribui com mais de 4 mil casos novos a cada ano, a segunda maior casuística nacional, perdendo apenas para o Mato Grosso.
A leishmaniose, explica o coordenador do simpósio, é transmitida pela picada de insetos contaminados com os parasitas que causam a doença e pode atingir as vísceras, as mucosas e a pele. A leishmaniose cutânea está distribuída por toda a América Latina e é causada por 14 diferentes espécies de Leishmania, agrupadas em dois subgêneros: Leishmania e Viannia. Segundo o pesquisador, “estima-se aproximadamente que haja 1 a 1,5 milhões de casos e 350 milhões de pessoas sob risco de serem contaminadas a cada ano, com 90% dos casos concentrados em sete países, incluindo o Brasil, onde a incidência aumentou de 21.800 casos em 1998 para 60.000 casos em 2003, a maioria na Região Norte”.
Já as micoses profundas agrupam diferentes doenças fúngicas que atingem, em especial, as camadas mais profundas da pele, diz Salgado. “Duas destas doenças, cromoblastomicose e lobomicose possuem alta prevalência na Região Amazônica e merecem destaque no debate”. A cromoblastomicose é causada por fungos negros que produzem lesões verrucosas na pele, sendo que no Brasil predomina a espécie Fonsecaea pedrosoi, encontrada no meio ambiente – plantas e restos orgânicos – de onde é inoculada na pele dos pacientes que persistem com a doença por muitos anos, em razão de falhas no diagnóstico e dificuldades no tratamento. A lobomicose é encontrada quase que exclusivamente na Região Amazônica, e caracteriza-se por lesões nodulares na pele, causadas pelo fungo Lacazia loboi, que ainda não foi cultivado em laboratório. A doença é crônica e ainda não há uma droga específica para o seu tratamento.
A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, possui uma história natural de evolução para incapacidade física e, por esta razão, carrega um estigma milenar que persiste até os dias de hoje. “Anualmente são diagnosticados quase 500 mil casos novos em todo o mundo, e o Brasil contribui com cerca de 10% deste número”, diz Salgado. Mais da metade dos casos brasileiros estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo que o Estado do Pará contribui com mais de 4 mil casos novos a cada ano, a segunda maior casuística nacional, perdendo apenas para o Mato Grosso.
A leishmaniose, explica o coordenador do simpósio, é transmitida pela picada de insetos contaminados com os parasitas que causam a doença e pode atingir as vísceras, as mucosas e a pele. A leishmaniose cutânea está distribuída por toda a América Latina e é causada por 14 diferentes espécies de Leishmania, agrupadas em dois subgêneros: Leishmania e Viannia. Segundo o pesquisador, “estima-se aproximadamente que haja 1 a 1,5 milhões de casos e 350 milhões de pessoas sob risco de serem contaminadas a cada ano, com 90% dos casos concentrados em sete países, incluindo o Brasil, onde a incidência aumentou de 21.800 casos em 1998 para 60.000 casos em 2003, a maioria na Região Norte”.
Já as micoses profundas agrupam diferentes doenças fúngicas que atingem, em especial, as camadas mais profundas da pele, diz Salgado. “Duas destas doenças, cromoblastomicose e lobomicose possuem alta prevalência na Região Amazônica e merecem destaque no debate”. A cromoblastomicose é causada por fungos negros que produzem lesões verrucosas na pele, sendo que no Brasil predomina a espécie Fonsecaea pedrosoi, encontrada no meio ambiente – plantas e restos orgânicos – de onde é inoculada na pele dos pacientes que persistem com a doença por muitos anos, em razão de falhas no diagnóstico e dificuldades no tratamento. A lobomicose é encontrada quase que exclusivamente na Região Amazônica, e caracteriza-se por lesões nodulares na pele, causadas pelo fungo Lacazia loboi, que ainda não foi cultivado em laboratório. A doença é crônica e ainda não há uma droga específica para o seu tratamento.
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