Professor de muitos cientistas sociais da UFPA, no departamento de Antropologia e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, o cientista social  Roberto Cardoso de Oliveira faleceu na última sexta-feira, dia 21 de julho, vitima de infecção generalizada.  Foi mestre de: Alex Bolonha Fiúza de Mello, Carmem Izabel Rodrigues, Claudia López-Garcez, Eneida Corrêa de Assis, Jane Felipe Beltrão, Manoel Alexandre da Cunha, Maria Angelica Motta-Maués e Raymundo Heraldo Maués.
Cardoso de Oliveira parte deixando  um legado inestimável, sobretudo pelo trabalho que realizou na amazônia e pelo apoio que sempre ofereceu ao crescimento da Antropologia. Estaria na UFPA no próximo semestre para justas homenagens, e  sobre o assunto escreveu para  a professora Jane Beltrão em 30.11.2005: "Acabo de receber seu simpático convinte, aliás uma confirmação de nossa conversa em Caxambu [durante a reunião da ANPOCS] - se bem me lembro. Claro que eu gostaria muito de voltar a Belém e, sobretudo, conhecer a sua universidade. Porém, no momento não posso assumir compromisso. ...  Quem sabe, deixaremos para uma próxima oportunidade - eventualmente no segundo semestre [2006] que, espero, esteja mais calmo para mim..."
Não houve tempo, fica a lição de vida! afirma Jane Beltrão
Roberto Cardoso de Oliveira (11/07/1928 – 21/07/2006)  foi o responsável pela criação do mestrado em Antropologia da Universidade de Brasília (UnB), em 1973, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1968, e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1971. Entre os anos de 1973 e 1985, Cardoso foi professor titular do Departamento de Antropologia da UnB. Mas sua história com a instituição não acabou aí. Em 1995, retornou como professor visitante do Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (Ceppac), onde atuou  até este mês.
Em sua carreira, de mais de 40 anos como pesquisador, desenvolveu estudos sobre etnologia indígena, relações interétnicas, identidade e etnicidade nas Américas, entre outros. O antropólogo publicou 27 livros e recebeu títulos como o de Doutor Honoris Causa pela UnB (2003), a medalha Roquete-Pinto de Contribuição à Antropologia Brasileira (concedida em 2003 pela Associação Brasileira de Antropologia) e Comendador da Ordem de Rio Branco (2001). Desde 2000, ele era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC).Já em 2006, Oliveira iniciou pesquisa sobre os arquivos do antropólogo e sociólogo francês Marcel Mauss, com o objetivo de recolher informações não publicadas sobre a obra e a vida do autor, com especial atenção à sua correspondência inédita.

Fonte: Portal Unb

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