Performance teatral retrata dificuldades do aluno de origem popular no ensino superior
Dezenas de estudantes e professores da UFPA além de membros de centros comunitários participaram, na noite da última quinta-feira, do Auto da Educação, uma performance teatral que mostrou as dificuldades do trajeto educacional do estudante de origem popular , partindo do ensino fundamental até a conclusão do curso universitário.
O Auto da Educação, é uma das atividades culturais do Programa Conexões de Saberes, desenvolvido em Belém por meio do Observatório Paraense de Políticas Municipais. O professor Ary Loureiro, coordenador do programa, comentou que o objetivo do cortejo é mostrar que a representação da educação pela via do teatro de rua possibilita a convergência entre os elementos lúdicos e políticos conceituais sobre um tema gerado no próprio programa. “Todas as manifestações artísticas procuraram retratar o acesso e a permanência de estudantes de origem popular na universidade pública”, disse Loureiro.
O Auto da Educação foi dividido em quatro estações, encenadas em vários pontos do campus universitário. A primeira delas tinha como tema o ensino fundamental, com ênfase no acesso a escola. A segunda estação ficou voltada para o ensino médio com destaque para o processo de afunilamento do acesso ao ensino. A terceira estação, enfocou o vestibular, representado por um grande funil onde apenas um estudante conseguia atravessá-lo. A última estação foi na Reitoria e o tema foi a permanência na universidade, com enfoque para as relações internas da educação superior desenvolvida pelos diversos atores sociais.
O professor Jorge Luiz Barbosa, da Universidade Federal Fluminense, que está em Belém participando do seminário Universidade Pública, Diversidade e Participação Popular promovido pelo Conexões de Saberes , informou que o programa está presente em 32 universidades federais. No caso da UFPA, é executado pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex) sob a coordenação do professor Ari Loureiro. “O programa trabalha com a construção de políticas públicas que garantam o acesso e a permanência de estudantes de origem popular na garantia por um curso superior de qualidade. A idéia é democratizar o acesso”, destacou Jorge Barbosa. Para a estudante Deylane Baia, do curso de Ciências Sociais e bolsista do Programa Conexões de Saberes, é preciso que se estabeleçam políticas sérias para a permanência desses estudantes nas universidades públicas. “Precisamos saber quais são suas necessidades para podermos construir uma sociedade mais justa”, acrescentou a estudante.
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