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Pesquisadores se reunem em Belém para debater Microscopia

   Pesquisadores da área da microscopia de todo país, estarão reunidos  em Belém  durante o  Simpósio de Microscopia da Amazônia,  que se realiza de 27 a 29 de setembro. Entre os assuntos discutidos no evento estão a situação da microscopia eletrônica nas regiões norte e nordeste, as diversas aplicações  dos microscópios eletrônicos de varredura e  transmissão e do Microscópio Confocal, modernos equipamentos de que apenas  a UFPA dispõe dentre as diversas universidades situadas na região Norte, além de várias outras questões da microscopia aplicada e teórica.
   Esse é o primeiro  encontro da área  realizado na região norte em 35 anos de reuniões da Sociedade Brasileira de Microscopia e Microanálise (SBMM). A carência do setor na região amazônica  e a necessidade de expansão das discussões da área pelo país, é um dos motivos para a  realização do seminário em Belém. “Os dois últimos encontros, em Curitiba e em Salvador,  ‘fugiram’ da região sudeste, onde nos anos anteriores eram invariavelmente realizadas as reuniões, e ajudaram a disseminar nacionalmente as discussões da microscopia” conta a professora Edilene Oliveira, da Comissão Organizadora.
   A região amazônica está em defasagem em relação a outras regiões no quesito microscopia. Afastados dos grandes centros científicos do país, pesquisadores e cientistas encontram sérias dificuldades para desenvolver estudos que envolvam microscopia. Uma mudança neste panorama é um dos objetivos deste simpósio. A idéia é por meio do intercâmbio científico não apenas divulgar as novas tecnologias da microscopia para a região mas também facilitar relações de cooperação e contato entre as instituições envolvidas.
   O Simpósio de Microscopia da Amazônia é um encontro multidisciplinar que visa a participação de estudantes, professores e pesquisadores das áreas da biologia, biomedicina, química, geologia, medicina e diversas áreas onde a microscopia seja utilizada. Acontece no auditório da FIEPA e tem como organizadores a Sociedade Brasileira de Microscopia e Microanálise, a Universidade Federal do Pará, com o  apoio da Universidade do Estado do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia, Instituto Evandro Chagas e Museu Paraense Emilio Goeldi.
   Mais informações no site do evento: http://www.sbmm.org.br/sbmmbio2006

Microscópios  Eletrônicos - A UFPA possui destaque no cenário da microscopia amazônica, contando com dois microscópios eletrônicos de grande porte: os microscópios de varredura e de transmissão. O microscópio eletrônico de varredura (foto), utilizado para analisar a superfície de pequenas amostras minerais/sólidas e biológicas, é um dos poucos existentes em toda região amazônica. “Efetivamente funcionando só temos o nosso e os microscópios do Museu Emilio Goeldi e do Instituto Evandro Chagas”, afirma Claudio Lamarão, professor do curso de Geologia e responsável pelo microscópio.
   A solicitação de serviços é enorme. A UFPA recebe com freqüência pedidos de avaliação microscópica de diversas empresas como a Petrobrás e Alunorte, interessadas em medir a pureza de seus compostos minerais/metálicos, instituições de ensino superior como a Universidade Federal do Amazonas, que não conta com um microscópio desse porte, e de institutos com o Renato Chaves, que utiliza com freqüência o microscópio em seus exames de perícia. Dentro da própria UFPA a demanda também é grande. São diversos projetos de pesquisa das áreas de Ciências da Terra e Prospecção Mineral, Zoologia, Botânica, Saúde, Arqueologia. Só no ano passado o microscópio contribuiu para a realização de cinco teses de doutorados,  vinte e duas dissertações de mestrado, duas especializações, treze trabalhos de conclusão de curso, sete trabalhos de iniciação científica e mais de uma dezena de pesquisas específicas. “Não tem um dia que não tenha trabalho”, diz o professor.

Texto: Taion Almeida/ Foto: Bruno Magno

Publicado em: 25.09.2006 18:01