Hospital Barros Barreto reduz infecção hospitalar
O Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) conseguiu reduzir a taxa de infecção hospitalar na Clínica Médica em mais de 50%. A informação foi dada, na última sexta-feira (27), pelo coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do hospital, Lourival Marsola, durante reunião para apresentação do balanço da Campanha de Higienização das Mãos. Na oportunidade, foi premiada a categoria dos médicos residentes, que alcançou 84% de adesão à higienização das mãos e a técnica de enfermagem Elina Souza, profissional com melhor desempenho da Clínica.
A Campanha foi lançada em agosto com a introdução da anti-sepsia das mãos com álcool glicerinado a 70%, que está disponível nos diversos dispensadores instalados na Clínica Médica. Gradativamente, a campanha se estenderá às demais clínicas.
A reunião contou com a presença do diretor do HUJBB, em exercício, Maurício Bezerra, do coordenador de Recursos Humanos, Paulo de Tarso de Oliveira, da coordenadora de Atividades Acadêmicas, Rita Medeiros, da diretora da Divisão de Ensino, Aderli Góes, dos membros da CCIH, e profissionais, residentes e estudantes de saúde da Clínica Médica e outros setores. A abertura foi feita com palestra da residente de Clínica Médica, Camila Marca, que falou sobre a importância da higienização das mãos, mostrando um pouco de história, métodos de anti-sepsia e vantagens do uso do álcool, como o fato de não ressecar a pele e levar menos tempo do que uma lavagem com água e sabão.
Adesão - De acordo com Marsola, na avaliação geral, a adesão foi 48%. “Apesar de ter melhorado em relação à taxa de adesão, antes do início da campanha, que era de 8%, com certeza, podemos melhorar ainda mais. Nosso objetivo é alcançar 80% de adesão”, enfatizou.
Marsola explicou que para fazer o balanço sobre a adesão ou não à higienização das mãos, a CCIH observou, durante um mês, os procedimentos de cada um dos enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos assistentes e residentes, fisioterapeutas, nutricionistas, técnicos de laboratório, estudantes, estagiários, itinerantes e voluntários que atuam na Clínica Médica, num total de 306 procedimentos.
As categorias com maior índice de adesão (lavagem mais anti-sepsia) foram a dos médicos residentes (84%), técnicos de laboratório (78%), estudantes de nutrição (78%), estagiário de enfermagem (75%) e enfermeiros (53%). E as com menor índice de adesão a dos estudantes de medicina (17%), assistentes sociais (17%), itinerantes (10%) e voluntários (0%). As demais categoriais ficaram na faixa entre 44% e 50%
Lourival apontou os seguintes desafios para todos os envolvidos: atingir meta de 80% de adesão, estimular outros membros da equipe para participar da campanha, reduzir mais a taxa de infecção hospitalar e reduzir o uso de antimicrobianos.
A CCIH também está fazendo um levantamento para calcular o custo-benefício do uso do álcool no Hospital, disse Marsola, ressaltando que é muito mais barato assegurar a disponibilidade de álcool do que ter que comprar antimicrobianos para os pacientes com infecção hospitalar.
Maurício Bezerra parabenizou a equipe da CCIH pelo trabalho e todos participantes da campanha pelos resultados obtidos, destacando que se trata de um processo que começou na gestão anterior e terá continuidade.
Ele também falou da importância desse método, uma vez que é necessário responsabilidade com o recurso público, para ser melhor usado e otimizado. Além disso, a higienização das mãos é uma maneira de proteger e melhorar a humanização com o paciente.
A diretora da Divisão de Ensino, Aderli Góes falou da necessidade dos residentes de medicina incentivarem os estudantes e estagiários para a higienização das mãos, ressaltando que também é fundamental a o trabalho dos docentes, principalmente, em relação aos estagiários e estudantes de graduação, cujos grupos são muito rotativos.
O coordenador de Recursos Humanos, Paulo de Tarso de Oliveira, lembrou que a logomarca e os materiais educativos como folders e banners foram criados pela Oficina de Criação da Universidade Federal do Pará (UFPA), com a qual o HUJBB mantém parceria.
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