Combate à surdez em pauta no Hospital Bettina Ferro
O dia 10 de novembro é o mais importante no calendário da Otologia brasileira. Nesta data, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Para valorizar a atuação da especialidade, a Sociedade Brasileira de Otologia e suas regionais estão organizando a campanha nacional de conscientização para a população, com o objetivo de esclarecer a importância da audição. Cerca de 25 milhões de brasileiros têm diminuição auditiva, sendo que 90% podem ser ajudados por tratamentos médicos, cirúrgicos ou por aparellhos de audição.
No país, de 7% a 12% de todos os recém-nascidos têm pelo menos um fator de risco para deficiência auditiva. E é nesta fase que ela pode ser diagnosticada com o simples teste da orelhinha, disponível na rede pública de saúde. Em Belém, o exame está disponível no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), que, esta semana, em parceria com a maternidade do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, intensificou a realização do teste da orelhinha em todos os bebês nascidos no HC. De 50% a 75% das deficiências auditivas são possíveis de ser identificadas ainda no berçário, através dessa triagem auditiva.
No período de agosto de 2005, quando foi inaugurado o Serviço de Otorrinolaringologia, a agosto de 2006, foram realizadas 8.843 avaliações auditivas no HUBFS, ou seja, cerca de 740 exames por mês, entre eles, teste da orelhinha, audiometria (respostas a apitos), logoaudiometria (respostas ao som da fala) e impedânciometria (medição da pressão interna do ouvido). O atendimento do hospital é feito por um corpo clínico formado por dez otorrinolaringologistas e mais dois residentes – estudantes -, e sete fonoaudiólogas, além do acompanhamento multiprofissional que inclui psicólogo e assistente social.
Campanha - A Sociedade Brasileira de Otologia informa que 5,7 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva, perceptível na infância. Estima-se que cinco em cada mil crianças nascem surdas no país. Na idade escolar, 2% das crianças são portadoras de deficiência auditiva que exigiria o uso de aparelhos de amplificação sonora. E de 10% a 15% dessas crianças em idade escolar são portadoras de deficiência auditiva leve e flutuante.
A Campanha Nacional da Saúde Auditiva já está no seu segundo ano. O tema de trabalho em 2006 é “Superando preconceitos e resgatando a auto-estima”. A meta é valorizar o sentido da audição (a surdez é sintoma e não doença), colocar a população em contato com os meios diagnósticos, divulgar que a surdez tem tratamento (medicamento e cirurgia), desmistificar o uso dos aparelhos amplificadores.
Ascom/HUBFS
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