Inca anuncia agencia do Banco Nacional de Tumores e DNA no Barros Barreto
O Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) terá uma Agência do Banco Nacional de Tumores e DNA do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que funcionará na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), que está sendo construída no Hospital. A notícia foi divulgada na última sexta-feira, durante visita do vice-presidente do Inca, Luiz Augusto Maltoni Júnior ao HUJBB. Ele veio acompanhado do representante do BNT, José Cláudio Casali da Rocha, e dos técnicos Ricardo Luis Alves Lima e Paulo Camanho. A equipe foi recebida pelo diretor do HUJBB, Luiz Alberto Moraes, pelo coordenador da Unacon, Paulo Assumpção, pelo coordenador de Planejamento, Eliseu Paes Marques, e assessora de Planejamento, AnaVicentina Souza.
Depois de uma visita às obras da Unacon e ao Departamento de Patologia da UFPA, a equipe se dirigiu ao auditório, onde José Cláudio ministrou uma aula sobre o BTN para alunos e profissionais do HUJBB.
Inaugurado em maio de 2005, o BNT é uma área do Inca, onde ficam armazenadas amostras dos tipos de câncer, doadas por pacientes, que passaram por cirurgias.
Pequenos pedaços dos tumores ficam guardados em freezers a uma temperatura entre 80 e 140 graus negativos. Dispondo de importante sistema computadorizado, o BNT vai reunir informações necessárias para a elaboração do perfil genético da população brasileira, possibilitando estudos voltados ao aprimoramento do diagnóstico e do tratamento do câncer no país. Hoje, a maior barreira para a realização de pesquisa desse tipo é a qualidade das amostras de tumor utilizadas.
Inicialmente, serão coletadas amostras de tumores de maior incidência entre a população brasileira, como os de pulmão, mama, colo de útero, próstata e esôfago. A associação entre a análise dos tumores e os dados clínicos dos pacientes, permitirá, por exemplo, a identificação dos genes importantes para cada tipo de tumor.
Com o pleno funcionamento do Banco será possível reunir amplas informações sobre a ação do câncer entre os brasileiros. Atualmente, a maior parte dos dados utilizados é proveniente de pacientes de outros países.
O BNT será composto por uma rede de coleta, envio e armazenamento de amostras (tumores, tecido e sangue) e uma rede de bioinformática,onde serão armazenadas informações clínicas, dados gerados e unidades auxiliares de microdissecção e arrays - uma importante ferramenta de pesquisa contra o câncer, utilizada por grandes centros internacionais.
Os responsáveis pelo BNT esperam que, nas próximas décadas, seja possível definir terapias individualizadas, a partir de características regionais e étnicas de cada paciente, aumentando a eficiência no tratamento.
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